quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Realizando sonhos - Dias 20 e 21 de janeiro


Partimos de San Salvador de Jujuy às 8h, após o café.
Oba! Hoje não precisa mais tomar remédios para o tal de sorochê (mal das alturas)!!!
1200km nos esperam.
Fizemos apenas uma parada num posto de combustível para abastecer e ir no banheiro. Novamente sem almoço.
As paisagens agora possuiam verde, via-se muitas plantações de grãos e gado. Ai que saudades de casa!
Ao anoitecer paramos em Resistência do lado de Corrientes, Argentina para jantar e escovar os dentes, e seguimos viagem.
Agora já contávamos a km, o GPS do Valdir foi responsável pelas informações de Km e altitude. Mais 460 km até a aduana. Ao embarcarmos os guias recolheram nossos documentos para não sermos acordados. Argentina é amiga, deixa passar sem revistar.
Depois da Aduana 610 km e estávamos em casa.
Tomamos café em Passo Fundo e chegamos em Erechim, RS às 11hs. Lá uma Van com trayler para carregar a bagagem nos esperava para trazer-nos a Chapecó.
Enfim chegamos, vivos!!!!! Ai que banho bem tomado!!!!!

Realizando sonhos - Dias 19 de janeiro





Passamos a noite no ônibus. Chegamos as 7h na aduana de saída do Chile em San Pedro do Atacama. Não é Brasil mas tivemos que esperar até as 8h e 30min para abrir. Aduana fechada a noite? Só lá mesmo!!!!
Havia fila de caminhões, motos e ônibus, fomos liberados rápido, talvez para livrarem-se da bagunça, estávamos em 130 brasileiros, muita areia pro caminhãozinho deles.
Paramos para ver o Lin Cankabur, um vulcão que está dormindo.
Muitos cactos no caminho, cactos gigantes, ai que vontade de roubar um!!!!
Li uma placa que me deixou louquinha para roubar um se me deixassem roubar traria mesmo dentro da calcinha, nela estava escrito: "Cardón
Echinopsis atacanensis. Espécie de cactus arbóreo y columnar de hasta 7mt. de altura y 70cm. de diámetro. Posee flores con pátalos blancos y tintes rosados. Su madera es utilizada para construcción de vigas para techos, puertas, marcos de ventana y muebles; también para la confección de artesanías. Es una especie Vulnerable, por lo que se trabaja en su conservación."
Passamos a Aduana de Paso de Jama entrada da Argentina numa boa, um agente veio no ônibus, como havia muita gente passando mal recolheu os documentos no ônibus mesmo. Essa aduana fica a 4200m de altitude e falta oxigênio para quem não preparou-se com medicamentos, eu ainda tomava o Diamox e Predsim para evitar o mal das alturas. Saí do ônibus com alguns colegas que estavam bem e fomos dialogar com um grupo de casais alemães com motorhoom, que iniciaram o passeio em Buenos Aires e costeavam o Oceano Pacífico passando o canal de Panamá, até Anchoraga, US depois cruzariam os EUA chegando em Washington, onde entrariam num navio novamente. Tudo isso em 180 dias. Ai que sonho de consumo!
Mais um dia só na bolacha de água e sal, sem almoço.
Chegamos em San Salvador de Jujuy as 19 horas, depois de instalados no hotel demos uma volta para conhecer a simpática cidade e comprar umas lembrancinhas. Tomamos uma cervejinha para rebater a falta de almoço, jantamos e nos recolhemos.

Realizando sonhos - Dias 18 de janeiro





Iquique, Chile é uma cidade praiana, à beira do Oceano Pacífico e ao mesmo tempo uma cidade portuária. A água é muito gelada e há pouco espaço liberado para banhos a maior parte da praia é imprópria.
Levantei cedo, fui tomar café no restaurante e saí para conhecer a cidade.
Andamos uns 3 km pela praia onde vi lindos jardins de cactos e tentativa de cultivar verde na cidade. Encontramos jardineiros regando as plantinhas e gramados dos jardins à beira da praia, varredoras de rua trabalhando e até uma vassoura encostada em um carro e dentro dele uma varredora de rua "se amassando" de aventalzinho e tudo. Não é Brasil mas tem disso lá também.
Voltamos para o hotel onde acertamos as contas, carregamos as bagagens no ônibus e partimos para o Cais.
Lá fomos passear de barco no Pacífico e observar a estranha beleza daquele lugar. Muito triste observar os morros sem nenhuma plantinha mas, alegre com a brincadeira dos gofinhos e a quantidade de pássaros no mar.
Depois do passeio de barco fomos almoçar na "zona Franca" e pesquisar preços nas lojas, para nós que temos acesso aos Free Shopin, oa preços eram demasiados caros.
Jantamos num schoping center, e partimos às 22horas.

Realizando sonhos - Dias 17 de janeiro



Chegamos na aduana de Tacna, Perú, às 10 horas da manhã. Nossa liberação demorou muito, tivemos que passar toda a bagagem no RaioX, revista com cão labrador e revistaram o ônibus. Nada de frutas, sementes, plantas passaram, apenas folha de coca.
Fomos liberados e seguimos para Arica a fim de almoçar. Para nosso azar era dia de eleições no Chile, estavam todos os restaurantes fechados, até mesmo schoping center. Fomos para a rodoviária onde deu para enganar o estômago.
Seguimos viagem, chegamos em Iquique, Chilejá estava noite e os chilenos comemoravam a vitória do Piñeira, as ruas estavam congestionadas com passeatas, e nosso hotel ficava no início ou final da praia. Enfim chegamos, apesar do escuro dava para observar a beleza da cidade. Ganhamos (eu e Daiana) um apart no 15º andar com sacada de frente para a praia. Meu quarto tinha uma janela panorâmica que via-se o mar mesmo deitada.

Realizando sonhos - Dias 16 de janeiro


Que peninhaaaa!
Já estávamos acostumadas com o hotel em Cusco!
Após acertar as contas embarcamos nos ônibus de turismo, até o posto de combustível onde estava nosso ônibus.
Acompanhamos o embarque de nossas malas e embarcamos. Começava nossa viagem de retorno. Já sabíamos que a viagem iria ser difícil. Não encontraríamos cidade ou restaurantes para o almoço. Afinal, já estávamos acostumados a passar fome mesmo! Regime forçado.
Começaram as chuvas, não nos preocupamos, estávamos saindo. Muitos temporais, chuva de pedra, frio e até neve (coisa rara nessa época). Depois da empolgação da neve todos mosstravam-se cansados, dormimos quase o dia todo.
Ao anoitecer chegamos em Arequipa onde jantamos no Schoping Center, depois seguimos viagem. Na saída da cidade nosso ônibus quebrou mas, ninguém viu nada, todos dormindo novamente.

Realizando sonhos - Dia 15 de janeiro




Após o café, embarquei novamente no ônibus de turismo que nos levaria a Pisaq, não estava me sentindo bem, antes de partirmos o guia solicitou que verificássemos se estávamos com o ingresso. Algumas pessoas haviam esquecido e tiveram que retornar ao hotel para apanhar. Foi então que decidi "eu em primeiro lugar" afinal pisaq não era sonho, retornei para meu apartamento e dormi até 11 horas, era apenas cansaço.
A tarde visitamos Tambomachay situada a mais de 3.700 metros de altura. Como o próprio nome indica, pode-se ver cavernas nas proximidades, lugares onde, segundo a tradição indígena, a magia era praticada. Arqueólogos acreditam que o local onde estas ruínas estão localizadas era o local das residências favoritas do Inca como um spa de repouso, e ao mesmo tempo um dos principais sistemas de defesa do Vale do Cusco.
Também fomos a Q'enqo ou Qenko que em quíchua (é a 2ª língua dos peruanos) significa "labirinto" é caracterizada por canais em ziguezague e pedra colocada no centro como um altar. Esta é possivelmente um local de culto onde os incas adoravam o sol ea lua. O anfiteatro, o trono, e o salão de sacrifícios, estão localizados nas câmaras subterrâneas.
Depois fomos ao Centro artesanal de Cusco e aproveitamos para umas comprinhas básicas. A lã e a prata estavam com bom preço. Aprendi a diferenciar a lã de vicunha bebê da lã comum, a de lhama, alpaca e vicunha.
Não deixamos de apreciar a noite Cusquenha com apresentações culturais.
Para encerrar nossa estadia em Cusco um jantar de confratenização no restaurante Don Antonio, com um bom pisco, diversas apresentações culturais, e acreditem terminou em carnaval.

Realizando sonhos - Dia 14 de janeiro





Saimos às 7h do hotel com os ônibus de turismo e guias rumo a Ollantaytambo, aproximadamente a 60 quilômetros da cidade de Cusco. Eu continuava a tomar os remédios para evitar o mal das alturas e só o nariz continuava sangrando, dos males o menor eheheh. Ollantaytambo constituiu um complexo militar, religioso, administrativo e agrícola. É a única cidade da era inca no Peru ainda habitada. Em seus palácios vivem os descendentes das casas nobres cusquenhas. Os pátios mantêm sua arquitetura original. As ruas retas, estreitas e pitorescas hoje formam quinze grupos de casas localizadas ao norte da praça principal da cidade, que constituem em si um verdadeiro legado histórico. Trata-se de um dos complexos arquitetônicos mais monumentais do antigo Império Incaico, é uma das obras de arte mais peculiares e surpreendentes que realizaram os antigos peruanos, especialmente o Templo do Sol e seus gigantescos monólitos. Comumente chamado "Fortaleza", devido a seus descomunais muros, foi na realidade um tambo ou cidade-alojamento, localizado estrategicamente para dominar o Vale Sagrado dos Incas. Em Ollantaytambo embarcamos no ônibus e fomos até a estação de trem em Ollanta, trem que nos levou a Aguas Calientes, passeando pelo Vale Sagrado. Chegando em Aguas Calientes, desembarcamos do trem e embarcamos nos ônibus que fazem l até a entrada de Machu Picchu. Ao desembarcar do ônibus, entreguei meu ingresso, olhei para cima e imaginei que nunca conseguiria subir lá. Mas a vontade era muita. Parei por várias vezes pois com a altitude sentia falta de ar. Quando cheguei no topo gritei " Conseguiiiiiiiiii", pois havia conseguido mesmo. A emoção foi tanta que não consegui segurar as lágrimas, não é possível escrever o que sentimos só vivendo a mesma emoção para saber. Desaparecida a civilização inca, o seu testemunho permanece para sempre gravado naquelas pedras de granito, cuja técnica de corte e encaixe os Incas dominaram como ninguém, eram mestres dessa técnica, chamada de cantaria, em que blocos de pedra são cortadas para encaixar firmemente sem argamassa, foram os melhores pedreiros que o mundo viu, e muitos cruzamentos no centro da cidade são tão perfeitos que nem mesmo uma folha de grama se encaixa entre as pedras. Conhecendo o significado de cada construção a emoção tomou conta, depois a guia deixou-nos a vontade, quando vi eram 16 horas e ainda não tinha almoçado. Desci com aquela vontade de "quero ficar mais", tomei o ônibus e desci até Aguas Calientes, almocei e fui para a estação tomar o trem. As 18h embarcamos no trem de retorno. Chegando em Ollanta os ônibus de turismo nos aguardavam para o transporte até Cusco. A volta foi quieta, todos com a sensação de sonho realizado e muitos até dormiram naqueles 60km de asfalto cheio de buracos. Chegamos ao hotel 22h e 30min, exaustos. Naquela noite ninguém saiu.

Realizando sonhos - Dia 13 de janeiro




Chegamos em Cusco ao anoitecer do dia 12. Deixamos nosso ônibus na rodoviária. Alguns micro ônibus aguardavam para levar-nos ao hotel. Ficamos hospedados no Ecco INN hotel, era enorme, com lojas e elevador panorâmico. Na chegada fomos recepcionados com uma grande faixa de boas vindas aos amigos brasileños. Meu apartamento tinha sacada de frente para a Avenida. Levantei cedo e fui dar uma volta na praça de armas, cambiar dólares em soles e visitar o mercado de Artesanato.
Naquelas alturas já havia uma confusão de dinheiro na pochete que não me entendia. Após o almoço chegaram 6 micro-ônibus local, com guias para levar-nos a visitar os sítios arqueológicos.
Recebemos o "Boleto turistico de Cusco" mais os ingressos para outras visitas pelo qual haviamos pago $365.
Iniciamos pelo Convento de Santo Domingo de Cusco e Qoricancha: é um dos mais importantes templos incas.Suas paredes serviram de alicerce para a construção do Convento de Santo Domingo. Originalmente um templo da cultura Killki, para a adoração do sol, suas paredes de pedra e adobe diorito em bruto foram mantidas até o século 12, quando caiu nas mãos dos Incas, que o chamou de Korikancha, Place de Ouro. Culto dentro do templo era limitada aos membros da casta mais alta, que reuniu aqui, ao longo dos quatro ceques, linhas imaginárias espaciais, do mundo Inca, para prestar homenagem aos deuses. O templo, diz a lenda, cujas suntuosas paredes estiveram recobertas por lâminas de ouro e prata, esteve dedicado ao culto do sol, albergando em ocasiões imagens do Trovão e Wiracocha, deidades trazidas de distintas regiões e múmias de governantes. Neste templo, também ficavam os restos mumificados dos imperadores incas cobertos de jóias e muito ouro. Ainda havia santuários menores, dedicados a Vênus e à Lua. No primeiro, o Inca, o chefe político e religioso, presenciava rituais e sacrifícios. No segundo, reuniam-se suas mulheres. O culto no interior do templo estava restringido às mais altas personagens da época e até éle chegavam desde longe representantes das povoações não incas de todo o Imperio para render culto e tributo aos deuses do Tahuantinsuyu. Depois que os espanhóis tomaram Cusco, o Koricancha foi pilhado impiedosamente. Conta-se até que o grande disco de ouro que representava o Sol foi derretido e levado para a Espanha. Mais tarde, ele foi destruído e, sobre as bases de pedra do templo sagrado foi erguido o convento de São Domingos. Hoje, no entanto, pouco resta da construção original Inca, que pode ser visitada no museu anexo e olhando parte das escavações ao redor.
Depois fomos para o Arzobispado de Cusco: Um dos edifícios mais imponentes da cidade, a catedral é um dos primeiros construídos nas Américas (precedido apenas pelas catedrais do México e Lima). Foi construída sobre o palácio do Inca Viracocha eo templo de Suntur Wasi (Casa de Deus). Devido à sua construção atrasos prolongados, 1538-1664, a fachada apresenta um estilo renascentista, enquanto o acabamento interior é barroco. Maravilhas dentro de incluir os altares elaboradamente esculpido em madeira de cedro e amieiros e coberto com folhas de ouro. Suas paredes fora de demonstrar alguns dos mais finos da arquitetura Inca clássico. O tecido da parede, composto de blocos de andesito verde, é enorme. A construção colonial, construída em cima das paredes existentes Inca abriga uma impressionante coleção de arte sacra colonial. As telas colonial são de uma qualidade semelhante à do edifício, exibindo uma fusão de duas artes refinado: arquitetura Inca e da pintura espanhola. Também tem uma preciosa coleção de pinturas da Escuela Cusqueno (Cusco Escola). Outros mestres também estão representados. A coleção inclui "Van Dyck Cristo na Cruz".
Partimos de ônibus rumo a Saqsayhuamán é um complexo murado, a uma altitude de 3.701m. Foi acrescentado à lista de Património Mundial da UNESCO em 1983. Construído pelos povos pré-históricos indígenas da cultura Killke cerca de 1100 dC. Eles foram substituídos pelo Inca, que ocupou e ampliou o início complexo cerca de 1200 AD. A construção em si é peculiar, já que algumas das pedras que ali se encontram são gigantes e fazem que se pergunte como foi possível transportá-las. As pedras foram encaixadas com uma precisão quase inimaginável. É inexplicável decifrar como os incas conseguiram cortar as pedras com tal precisão que nem mesmo uma lâmina se pode colocar entre elas.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Realizando sonhos - Dia 12 de janeiro







Hotel de Puno era muito bom Royal Inn, até agora não descobri porque os nomes de hotéis tem INN no final. Fiquei no 2º andar o que facilitou a saída quando os elevadores estavam congestionados. Foi nele que viciei num chazinho de coca, pois na recepção tinha a vontade.
Levantei cedo e antes do café fui conhecer a praça das armas, palácio da justiça, municipalidade e Igreja.
Após o café fomos em comitiva, de triciclo para o cais onde havia uma lancha nos esperando para um passeio no lago Titikaka. O Lago Titicaca, com cerca de 8300 km² e situando-se a 3821m acima do nível do mar, é o lago comercialmente navegável mais alto do mundo e o segundo em extensão da América Latina, tem uma profundidade média de 140 a 180 m, e uma profundidade máxima de 280 m. As Ilhas Uros causam um verdadeiro impacto na nossa cabeça, ao pisar no solo da ilha é como caminhar num colchão de água. Os hábitos, tradições e costumes dos habitantes são bastantes diferentes da nossa tradicional cultura. Viver numa ilha que balança é realmente diferente.
As ilhas dos Uros são formadas por uma concentração de junco(tutoras) que cresce no fundo do lago em profundidades de até 4 metros. Daí, aproveitando o junco natural os nativos colocam mais feixes cortados e empilhados para formar o solo. As cabanas e quase tudo o mais que se utiliza na ilha é feito de totoras inclusive artesanatos, suco, comida, etc. A cada 15 dias as totoras que servem de piso para a ilha tem de ser substituídas. As totoras secas que foram substituidas são então utilizadas como combustível. Nas ilhas maiores pode-se achar pequenas escolas, postos médicos e pontos de correio. Com surpresa encontramos também tecnologia solar para esquentar a água ou para servir de iluminaçao.
Encantados retornamos ao hotel de automoto. Almoçamos e partimos de taxi até o ônibus. O hotel encarregou-se de levar-nos a bagagem.
Ah! Em Puno também os ônibus não entram na cidade.
Seguimos rumo a Cusco.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Realizando sonhos - Dia 11 de janeiro





La Paz, para mim foi a maior decepção. O trânsito é um caos, você sabendo dirigir pra frente e buzinar já ganha carteira de motorista. É a lei do quem pode mais chora menos. A maioria dos carros são muito velhos e as Vans são o meio de transporte coletivo, com crianças penduradas nas portas anunciando o local de destino. Não sei como se entendem. A cidade, que foi construída em um "buraco" de vulcão, está visivelmente dividida em três categorias, uma pirâmide inversa: a parte mais baixa os ricos que são a minoria; um pouco mais acima a classe média e nas encostas do morro o proletariado, são a maioria. As mulheres, em sua maioria vestem-se com roupas típicas, as casas inacabadas (sem reboco e pintura) para pagar menos impostos.
Saímos para a cidade a pé, acompanhados de uma guia local, fomos ver a praça Murilo, Palácio do Governo, Igreja Matriz e dar comida para os pombos. De lá fomos visitar uma Igreja construída pelos espanhois, repleta de ouro, onde quase fui presa por filmar tamanha riqueza. Eheheheh quase conheço o Evo Morales pessoalmente. Da igreja a guia levou-nos para uma ruela estreita onde vendem artesanatos locais.
Saimos as 13h do hotel, etcha povinho complicado!!! Os recepcionistas do hotel não conseguiam acertar as contas, faltaram as aulas de matemática.
A saída da Bolívia pela aduana ocorreu tudo bem, pegamos muita chuva de pedra, acidentes mas chegamos inteiros em Puno, apesar de ser noite. Adiantamos nossos relógios mais 2 horas, agora estamos com três horas a mais que o Brasil. Puno que nos aguarde amanhã.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Realizando sonhos - Dia 10 de janeiro







Após o café da manhã, algumas fotos em Arica e embarque rumo a Bolivia.
Paramos no mirador de Putre, Putre é capital da província de Parinacota, na região de Tarapaca, a 3.600m de altitude.
Raramente encontrávamos um oasis no deserto e parávamos para fotos. No caminho alguns mirantes e vendedores de artesanato local.
Ainda havia muita neve nas montanhas e o frio era condizente.
Mais uma parada para observar o lago Chungará e fotos com o grupo da bagunça. Nada de almoço, apenas água e biscoitos salgados.
Naquelas alturas a cabeça doía tanto dando a impressão de ter uma pedra em cima, nada que um comprimido de Alivium, também receitado por meu médico, não resolvesse.
Chegamos na aduana Chile X Bolívia, muita burocracia, frio e muito chá de Coca.
Enfim ao anoitecer chegamos em La Paz, na cidade não desce ônibus normal, os mini-ônibus (em péssimas condições) de uma empresa de turismo local foram buscar-nos para descer até o hotel. Nos hospedamos no Hotel Presidente, muito sofisticado para tamanha pobreza da cidade.

Realizando sonhos - Dia 09 de janeiro






Saimos às 5h da manhã rumo aos Gêysers de El Tatio, algumas Vans foram buscar-nos na pousada, o engraçado é que as ruas são da largura de uma Van.
Viajamos 95km ao norte e chegamos ao destino, numa altitude de 4.300, comecei a sentir enformigamento na ponta dos dedos e lábios então parti para mais um medicamento indicado por meu médico: Predsim.
Era ainda noite, mas o segredo era esse, observar o espetáculo antes do sol nascer, e período em que os Gêysers estão ativos, depois sua atividade vai diminuindo, até cessar em torno das 10h da manhã.
Era tudo muito lindo e nunca visto, o frio estava -5º, a água explodia nos buracos com temperatura de 85º , imagine o contraste.
Com o sol a temperatura ambiente vai aumentando e a gente chega a sentir calor. Caminhando pelo solo de lava vulcânica vê-se jorros de fumaça da água quente que brota dos gêysers, no chão. São dezenas deles, de vários formatos e tamanhos. Também há algumas piscinas naturais de água quente e transparente.
Fui de maiô por baixo da roupa mas não tive coragem de tomar banho nas piscinas, apenas molhei meus pés.
Após o sol tomar conta do local, a empresa de turismo das Vans que nos levaram, ofereceu-nos o café da manhã, nos gêysers, muito gostoso.
Toda a área em volta e o caminho de volta são muito bonito,s longos trechos de terra dourada, uma cidadezinha perdida, algumas vicunhas e o vulcão Putana, fumando seu cachimbo para mostrar que está vivo.
Ao retornarmos para San Pedro do Atacama, tiramos nossa bagagem, do hotel Don Raul, cambiamos dolares em pesos chilenos e fomos para o ônibus onde seguimos viagem.
Almoçamos no caminho às 3h da tarde: Schopping Mall Calama - na cidade de Calama - no meio do deserto Chileno e chegamos em Arica, Chile às 0h e 20min.
Hospedamo-nos no Hotel Arica, beira mar, Oceano Pacífico, e fomos curtir os barzinhos vizinhos ao hotel.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Realizando sonhos - Dia 08 de janeiro









Levantamos cedo, adiantamos os relógios em 1 hora e partimos. Na noite anterior iniciei meu tratamento para evitar problemas de altitude. Orientada por meu médico comecei a tomar Diamox, 1 comprimido ao levantar e outro ao dormir.
Iniciamos a subida da Cordilheira dos Andes rumo ao Deserto do Atacama. Muitas paisagens lindas, mas nada de restaurantes, postos de combustíveis ou residências. Pudera! Como morar num lugar onde não há água?
Paramos para ver a Montanha das sete cores, no mirante para ver o caminho percorrido, nas Grandes Salinas em uma mina chamada Gayatayoc. Depois de 6 horas andando encontramos uma pousada, parada para banheiro. Lá encontramos Uruguaios de motos percorrendo nosso caminho, fizemos amizades.
Cactos!! Oh quantos cactos enormes! Todos em frente a pousada, mas nada de tirar uma mudinha. Dina se segura, minina!
Mais um dia no regime! Muita água, biscoitos de água e sal e frutas secas salgadas.
Seguimos nosso caminho, não era esse o nosso destino.
Eram 4 horas da tarde quando chegamos na Aduana "Paso de Jama" saída da Argentina. A altitude é de 4100ms e muita gente passando mal, muitos no oxigênio, o ônibus tinha 2 tubos de oxigênio mas foi usado também o da ambulância da Aduana. Enfim todos conseguiram sair dessa.
As 20h e 30min chegamos na Aduana de entrada no Chile, lá vamos nós tirar tudo para passar no raioX, abrir algumas malas e depois de muita burocracia fomos liberados.
Mais 15 minutos de viagem e chegamos a San Pedro do Atacama, onde dormimos. Uma pousada simples mas com muito conforto e limpa nos esperava. As ruas são tão estreitas que tivemos de ir a pé pois o ônibus não entra.
San Pedro do Atacama, é uma comuna da Província de El Loa, localizada na região de Antofagasta, Chile. é uma cidade perdida no meio do deserto, tem pouco mais de 3 000 habitantes e está a 2 400 metros de altitude. Por ser bem isolada é considerada um oásis no meio do deserto. Apesar de ficar anos sem chover é normal a neve no inverno.
San Pedro é uma cidade parecida com as de filmes de "farwet", ruas de chão batido, estreitas, as portas abrem-se na rua, mas possui muitas casas de câmbio e uma vida agitadada a noite, os bares e restaurantes ficam lotados, apesar de muito caros.